terça-feira, 1 de abril de 2008

Os meninos que enfrentaram o nazismo


Até onde você iria em defesa de seu coração? Abandonaria sua grande paixão se os poderosos, que mandam em seu país, fossem contra o que você mais acredita? Desistiria de seus amigos e sonhos, face o medo e à perseguição? Na Alemanha às vésperas da II Guerra Mundial, um grupo de jovens desafiou o governo nazista por amor a um estilo musical estrangeiro proibido, o swing, que curtiam e dançavam em salões clandestinos.

O motivo da proibição? O "rock and roll da época": o swing - uma das vertentes do jazz norte-americano - com sua liberdade e originalidade de ritmos, instrumentos e melodias, além da dança envolvente e espetacular, era uma ameaça ao conservadorismo e obediência preconizada pelo governo nazista. E, claro, era um elemento cultural que não tinha origem na “superior raça ariana”. E pior, alguns dos artistas mais populares do swing americano na Alemanha eram judeus.

Frente à repressão da terrível polícia secreta nazista, a Gestapo, e da Juventude Hitlerista [jovens alemães submetidos a uma verdadeira lavagem cerebral com propaganda nazista], o mais sensato seria esquecer um pouco a música, ou apenas ouvi-la escondido em casa.

Entretanto, nada amedrontou os garotos do swing. Eles arriscaram suas vidas pela arte que mais admiravam. É essa a história do emocionante drama “Swing Kids” [Os últimos românticos], filme imperdível para quem pretende jamais trair a verdade de seu próprio coração.

3 comentários:

Anônimo disse...

Preciso dizer que adorei esse blog, Zé. Me faz relembrar histórias e me dá uma vontade enorme de (re)ver os filmes!
Eu adoro cinema, Zé, mas tenho uma memória de formiga. Preciso ver e rever um filme muitas vezes, senão, lembro apenas que é bonito, mas esqueço os detalhes e às vezes até o enredo...
Hoje eu revi "O Pianista". É de 2002, vi nessa época, lembro que fiquei impressionada. Incrível como me emocionei de novo, apesar de saber toda a história.
A voz sumia, a garganta ardia a cada humilhação, a cada morte desnecessária (quando uma morte é "necessária"?). A cada separação.
A dor parecia tão real quanto as cenas. A dor era real. A vontade de fazer alguma coisa, (qualquer coisa), nem que seja só gritar também é real.
Um filme que nos choca, nos faz chorar, não pura e simplesmente pela brutalidade da guerra. Mas, sobretudo pela ironia, pelo descaso. Pela frieza com que as pessoas são tratadas. Pessoas tratadas ora como fantoches, ora feito animais. Famílias segregadas. Identidade perdida. Fome, medo, angústia.
Um filme incrivelmente belo (pela coragem, pela postura de luta dos judeus, que não se corrompem, não se vendem) e trágico pelo extermínio, pela violência, pela veracidade.
Bem, esse do swing eu nunca vi. Mas, vou procurar, deve ser bonito...
Um beeijo!

Anônimo disse...

caramba, eu não vi "o pianista"!
vou tentar ver, mas é que não vou com a cara daquele adrian brody hehe, mas tentarei, abração, zé

Anônimo disse...

Mentira, Zé! Bom, sei quase nada sobre o Adrian Brody mas ele faz o papel de sua vida nesse filme. É lindo. Especialmente pela paixão, pela transformação (dele, do mundo e tudo ao redor), pela melodia (qual o som da tristeza? qual o som de uma guerra?).
Algumas cenas são simplesmente arrasadoras. Mas não posso falar muito além disso, senão vou estragar tudo.
Claro que já me disseram que, perto do livro, o filme é nada. Mas, eu já te disse que acho ignorância comparar duas artes tão diferentes, né? De qualquer forma quero ler o livro, rss.
Bom, eu tenho o dvd, se quiser me fala que eu te empresto...
Beijo!