sábado, 6 de setembro de 2008

Irresistível


(ou como uma menina-mulher maravilhosa e um cara extraordinário resgatam a beleza de sermos nós mesmos)

Júlia Roberts já pode se aposentar, tranquila com uma legítima sucessora. Impossível não ser cativado e ficar feito bobalhão seduzido quando surge na telona a encantadora Jennifer Garner. Cada gesto, fala, olhar, ação e sorriso dela nos envolvem completamente. Fazia tempo que não surgia em Hollywood alguém tão doce, divertida, carismática e bela como ela. Seu charme e magnetismo fazem valer cada cena em que toma conta na comédia romântica “De repente 30”.

Estrela de mais um batido e bonitinho conto de fadas moderno? Não, o filme é obrigatório para qualquer um que um dia teve saudade dos valores mais puros e verdadeiros da infância [por que muitos se esquecem dos eternos anos incríveis?]. Conta a história de uma menina de 13 anos que, cansada de ser sacaneada pelas meninas “mais descoladas” da escola, sonha em acordar e já ter 30 anos. Ela consegue. De repente é uma linda mulher de 30 anos, editora bem-sucedida de uma revista de moda.

Sonho realizado de fama, sucesso e um ótimo salário? Não quando descobre que se tornou uma poderosa fútil, egoísta, vazia e impiedosa.

Como vai resgatar o que a vida lhe tirou de inocência e beleza? Sendo ainda por dentro aquela menina especial de 13 anos.

Você já viu isso antes, com o ótimo “Big, Quero ser grande”. Mas, Tom Hanks que me perdoe, “De repente 30” parece ainda mais irresistível. Por Jennifer. E também por Mark Ruffalo, que faz no filme o ex-amigo gordinho da menina apaixonado por ela na infância. O personagem de Mark aos 30 anos torna-se um fotógrafo sensível e batalhador [vive longe das vaidades e vazio do mundo da moda] e, claro, ajudará sua antiga paixão infanto-juvenil. Por que o cara também faz valer o ingresso? Porque o personagem de Mark Ruffalo é aquele típico boa praça que a gente faz tudo para ser amigo dele e casá-lo com nossa irmã. E tá, meninas, o cara ainda é daquela espécie em extinção: bonitão sincero, romântico, roqueiro de bom gosto e amigo fiel; parece o Zé...

Filme fundamental para botar o astral lá em cima e lembrar de quão especial e verdadeiro já fomos nos tempos em que éramos iguais aos nossos sonhos de moleque ou menina.

PS - Se você era moleque nos anos 80, vai pirar com a deliciosa trilha-sonora da época.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ah, não me canso de ver esse filme, Zé.

É difícil não acreditar na história. É difícil não se deixar seduzir por cada cena, como você disse.

Mas, me envolvo tanto que, às vezes, me perco. Acabo acreditando que um dia ainda vou viver feliz para sempre com um príncipe encantado moderno.

Mas contos de fadas não existem, príncipes e princesas também não. Por isso, esse filme, hoje, me causa mais dor - aquela angústia de quem não sabe desapegar de "valores e sonhos ultrapassados" - do que esperança...

Beijo!